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Julho 2011
 

EM FOCO

ENTREVISTA À TUTELA
DR. JOSÉ ALCÂNTARA CRUZ

 
A APIAM convidou o Dr. José Alcântara Cruz, Director de Serviços de Recursos Hidrogeológicos, Geotérmicos e Petróleo – D.G.E.G. a responder a algumas perguntas sobre o sector.

Qual a importância do sector das águas minerais naturais para a riqueza do país?

Como demonstram a evolução dos dados estatísticos do engarrafamento, este sector tem registado, nos últimos anos, um enorme crescimento aproximando Portugal dos valores dos consumos per capitas dos nossos parceiros comunitários. A este crescimento está, obviamente, um aumento substancial dos valores que contribuem enormemente para a economia do país. Acresce ainda que a grande maioria das unidades industriais de engarrafamento se localizam em áreas localizadas em regiões do interior ou zonas rurais, onde por vezes não há alternativas ao nível de empregabilidade das populações, sendo, por vezes, esta actividade o único empregador local, responsável, portanto pela fixação e de pessoas nesses locais.

Qual o posicionamento actual do organismo de tutela?

A actuação Direcção-Geral de Energia e Geologia, na qualidade de Organismo de Tutela dos Recursos Hidrominerais e Geotérmicos pauta-se pela preservação e valorização dos recursos concessionados numa óptica de desenvolvimento económico sustentado em bases técnicas, jurídico-administrativas e científicas. Só se consegue atingir estes objectivos em diálogo permanente com os concessionários, os directores técnicos e os outros Organismos Oficiais que intervêm nos sectores do engarrafamento e do termalismo.

Que processos diferenciadores foram implementados nos últimos anos para proteger os recursos sustentáveis e renováveis?

Nos últimos anos temos vindo a assistir a um incremento significativo do conhecimento hidrogeológico das áreas onde ocorrem estes recursos, quer na sequência da execução de novas captações que sustente o crescimento da produção, quer com o objectivo de se definirem os perímetros de protecção que garantam a disponibilidade da água e se criem condições para que seja efectuada uma exploração com bases técnicas sólidas.
Os estudos físico-químicos efectuados com métodos analíticos cada vez mais refinados, tem-nos permitido fazer o acompanhamento do comportamento dos sistemas aquíferos e dos métodos de exploração.
Estão presentemente em fase de implementação dois projectos-piloto inovadores que permitem, não só fazer um acompanhamento permanente e constante dos processos de exploração, mas visam obter informação relevante para a gestão e o aumento do conhecimento dos recursos.

Quais são os desafios para o futuro?

O aumento do conhecimento cientifico, o aperfeiçoamento das técnicas de exploração , o a cooperação de todos os Organismos Oficiais intervenientes no sector, uma divulgação através dos Adidos Económicos acreditados junto dos países terceiros e uma informação esclarecedora e correcta ao público consumidor são alguns dos meios pelos quais se pode valorizar o produto “água engarrafada”, como produto de excelência.
A DGEG está apostada em cooperar nesses meios tendo em vista a gestão correcta do recurso, a valorização eficaz do produto “água engarrafada” e o aumento da exportação.
DR. JOSÉ ALCÂNTARA CRUZ
Director de Serviços de Recursos Hidrogeológicos, Geotérmicos e Petróleo – D.G.E.G.
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